"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos;
portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas".
Mateus
10:16 (NVI)
A vida no século
XXI não poucas vezes se parece com um jogo qualquer, onde cada qual estabelece
suas próprias regras e jogam, displicentemente, jogam. Por esta razão, constantemente
as pessoas se sentem como peças no tabuleiro, vazias, ocas e manipuláveis. No
jogo da vida os seres humanos perdem o valor como gente, se tornam objetos. Dai,
o respeito se desnuda em negociações simplórias e desqualificadas de estratégias
do mercado humano-mítico.
O mundo está podre
e doente, pois as pessoas perderam o valor em si mesmo, se inferiorizaram a
semelhança de peças de tabuleiro para mais uma vez jogar, apenas mais um jogo
qualquer, em nome do poder, ou até mesmo em nome de Deus. Infelizmente, a
igreja tem entrado pelo mesmo caminho, percorrendo um giro de 360º, ou seja,
volta sempre para o mesmo lugar. Caminha em círculos, não há irmandade, apenas
competitividade.
Há aqueles que
julgam estar ganhando o jogo pelo fato de terem muitas peças no tabuleiro eclesiástico,
politico, financeiro e social – se destacando numa grandeza invejável aos
demais jogadores. Todavia, temos que lembrar que os tumores também crescem e
ganham proporções estratosféricas. Ter muito, fazer muito, saber muito, ser
muito não tem muita relevância. Tristemente, a sociedade (e a igreja) ensina há
estes personagens mímicos que vence aquele jogar melhor. Estes já perderam, mas
ainda não o sabem.
Os fariseus
insistentemente chamavam Jesus para o jogo deles. Instigavam o Mestre, fazendo
propostas desafiadoras, porém Cristo não queria jogar. Os religiosos sempre
apareciam perante o Carpinteiro com o tabuleiro e as peças na mão. Entretanto,
Ele não queria fazer parte do jogo. Que possamos voltar à simplicidade e
humildade ministerial, entendendo que somos pó e ao pó retornaremos. Nenhuma
disputa compensa o fracasso de se jogar, pois nenhum jogo tem valor perante
Cristo.
Fortalecido pela cruz de Cristo,
Vinicius Seabra | vs.seabra@gmail.com
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Artigo escrito em: 16 de Setembro de 2005