terça-feira, 26 de maio de 2015

Mcdonaldização do evangelismo


"Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum".
Atos 28:31 (NVI)

As igrejas evangélicas brasileiras, buscando uma aceitabilidade maior do Evangelho, fez com que, ao longo dos anos, fosse assimilada a idéia de anunciar (repassar) Jesus Cristo de forma rápida e padronizada. Sendo assim, a igreja se tornou uma grande lanchonete do Mcdonald´s – moderna na estrutura física, atrativa no marketing, rápida na produção e padronizada no mundo. Partindo dessa linha de pensamento, cada crente se tornou um Big Mac que será devorado por consumidores religiosos, que de igual modo são seres padronizados.

A padronização eclesiástica, influenciada pela “Mcdonaldização do Evangelismo”, prega a homogeneização da salvação, da liturgia, da conversão, da santificação, das estratégias eclesiásticas e etc. Às vezes, parece que há uma fôrma onde se coloca a pessoa evangelizada para eliminar as virtudes e qualidades distinguíveis a cada individuo, criando cristãos imitadores (padronizados), reprodutores da fé de discipuladores hambúrguer. O cristão mcdonaldizado é aquele que vive simplesmente para ser igualzinho aos outros – cantam as mesmas canções, falam os mesmos clichês espirituais, pregam os mesmos sermões e oram da mesma forma.

Infelizmente, a igreja tupiniquim aderiu, entusiasticamente, a “Mcdonaldização do Evangelismo”. Isto fica notório, pois se trabalha exaustivamente na obra de Deus, mas não se tem tempo para o próprio Deus. Se define um evangelismo relâmpago, com resultados rápidos, produzindo conversões momentâneas. Se prefere a eficácia das estratégias de crescimento e padronização empresarial (Mcdonald´s), ao invés de buscar em Jesus o modelo para espiritualidade, evangelismo e eclesiologia.

É nas igrejas mcdonaldizadas que se cria a linha reprodução em série (leia-se multiplicação) que precisam ser provocadas para entrarem num ritmo de ativismo tamanho que impossibilite as pessoas de perceberem que estão se tornando meros cheeseburger religiosos. É necessário bradar que cada pessoa tem suas especificidades e não pode ser tratada como uma mera linha de produção de sanduíches. Por fim, o resultado de tudo isto é: limitação e boicote da Verdade contida no Evangelho, banalização do poder de Deus, crentes “fantoches” e ativismo eclesiástico.

Fortalecido pela cruz de Cristo,
Vinicius Seabra | vs.seabra@gmail.com
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Artigo escrito em: 10 de Junho de 2005

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