segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Jesus, o salvador de pecadores


“Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”.
Mateus 9:36 (NVI)

Jesus se fez homem, assumindo a humilhação da forma humana, desnudando-se da majestade, a fim de tornar-se o sacrífico único, perfeito e suficiente. Ele personificou o amor entregando-se voluntariamente aos seus algozes sabendo que a cruz não era o fim, mas apenas o grande palco do maior espetáculo que a humanidade já conheceu – o espetáculo da Graça. Ele se entregou assumindo a misericórdia como essência do Seu próprio caráter, sabendo desde a eternidade que os pecadores precisam encontrar o caminho do perdão – o caminho do recomeço. Ele popularizou a compaixão pelos excluídos sabendo que o céu não é o prêmio dos perfeitos, mas sim o lugar daqueles que reconhecem a pecaminosidade durante a existência – reconhecem o arrependimento. O grande Rei, que se tornou plebeu e deu-se a conhecer para os mais vis do Reino, os homens, com o propósito de resgatar o que havia se perdido.

Ao andar com pecadores o Carpinteiro desnudou a fragilidade da existência humana. Descortinou quem somos. Tornou visível o quanto tememos a ausência de fé, mesmo caminhando com Ele; O quanto nos assombra as incertezas sobre o futuro, mesmo assumindo ser discípulo do Mestre; O quanto a dor da exclusão é intensa, mesmo após o convite para descansar sob o pastoreio dEle. Por isto, mostrou que para os “pedros” sempre haverá uma segunda chance, mesmo que O tenha negado. Expos que para os “judas” sempre haverá um lugar entre os discípulos, mesmo que no fim O traia. Tornou público que para os “tomés” sempre haverá um tempo para descobrir o impossível, mesmo que precise toca-lO. O Deus sem pecado se fez pecado por nós, apontando o caminho sobre modo excelente, e então, vislumbramos a Graça que inunda nossas fraquezas.

O Reino está inaugurado. Os céus estão abertos para celebrar o ingresso daqueles que outrora marchavam para o inferno. A cruz se tornou uma luz que resplandece sobre as trevas. A crucificação selou para eternidade a vitória do amor em justiça. O Gólgota presenciou a superioridade da misericórdia. No madeiro ficou cravado o escrito de dívida da humanidade. Do monte da caveira jorrou a vida eterna. No Calvário foi pavimentado o caminho para a eternidade junto ao Pai. Enfim, está consumado. O caminho, a verdade e a vida estão acessíveis. A dor agora é momentânea, o sofrimento um breve instante, as tristezas pequenas têmporas e o choro apenas uma noite. De contra partida, a alegria é eterna, a paz sobrepassa o entendido, a gratidão é impagável e o amor interminável. O Reino é chegado e o Seu reinado nunca terá fim.

A contemplação do Crucificado é o ponto de partida da imitação de Jesus. É a elevação da experiência do sofrimento a valor de obediência à vontade do Pai. A imitação não é apenas da luta histórica de Jesus, mas e a celebração da presença de Deus. A imitação não é apenas a confissão da encarnação histórica e da morte pascal de Jesus. Esta confissão torna-se modelo e padrão a ser imitado. A forma como Jesus viveu a paixão da morte é transformada da esfera do anuncio para tornar-se um exemplo apropriado de vida. A motivação e a atitude que cercaram a vida e a paixão devem fazer-se presentes, igualmente, em nossa imitação dEle. O Autor da Vida nos instrui a buscar nossa motivação na Via Dolorosa. O modelo do Carpinteiro baseia-se na obediência e a perseverança.

Aos céticos, que por não terem vivido junto ao Cordeiro, desacreditam, escolhendo limitar suas existências as migalhas de histórias de sucesso terreno. A estes, o Carpinteiro lampeja esperança ao afirmar que Ele voltará. Não tardará, quando tudo estiver pronto, no tempo oportuno, Ele regressará. Conduzirá os Seus para a eternidade, onde não haverá mais desesperança; onde as dúvidas existenciais serão suprimidas pelo grande Eu Sou; onde a maldade não germinará; e, onde descansaremos nossas almas peregrinas. O retorno do Rei está próximo, isto não é medido pela vão ilusão de tempo gregoriano a que estamos submersos, o retorno triunfante é certo pelo fato de Ele ter prometido. E um de Seus atributos é ser fiel no que prometeu. Cada dia que passa não fragiliza esta promessa, pelo contrario, é Ele nos concedendo mais um dia de oportunidades para entalharmos a Graça nos corações de pecadores.

Fortalecido pela cruz de Cristo,
Vinicius Seabra | vs.seabra@gmail.com
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Artigo escrito em: 08 de Dezembro de 2013

Um comentário:

  1. Poxa The Vinas!
    Sempre encontro em seus textos refrigério. Em alguns como esse bálsamo!
    Te amo Irmão, Amigo e Pastor!
    Que Deus continue movendo, motivando e enchendo esse coração tão especial!

    Fica na paz!

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